Ande perto deles, mas continue sendo você.

Ande perto deles, mas continue sendo você.

Faz alguns meses que me mudei e notei uma questão muito interessante. Antes, quando morava em casa, no meu antigo bairro, saímos na rua dando bom dia, sorrisos, ‘oi’, até mesmo para pessoas desconhecidas. E aqui no meu prédio foi bem estranho quando uma pessoa passou por mim, olhou dentro dos meus olhos e seguiu seu caminho sem dar um ‘oi’ ou um simples ‘bom dia’. Tudo bem, eu pensei, ás vezes a pessoa não está tendo um bom dia. Só que com os dias percebi que praticamente todos os meus ‘vizinhos’ não estavam tendo um bom dia. Passavam por mim ou qualquer outra pessoa sem dar um ‘bom dia’. Essa falta de gentileza, por assim dizer, me incomodou. Mas, bem, eu continuei a dar meus ‘bom dia’ mesmo recebendo zero resposta.

E com o tempo, algo mais estranho ainda aconteceu, me deram ‘bom dia’ e eu não respondi. Chocada comigo mesma cheguei em casa e falei ao meu marido “ Amor! Socorro! Estou me tornando um deles”. Naquele dia, nós rimos, embora a reflexão da situação tenha me servido de aprendizado. E essa palavra de hoje brotou no meu coração.

‘Ande perto deles, mas continue sendo você’

No nosso dia a dia nós nos associamos, andamos, nos reunimos com diversas pessoas. Seja no trabalho, escola, faculdade, igreja e até mesmo dentro de casa. Entre essas pessoas, algumas são insensíveis, frias, mal-humoradas, fofoqueiras, julgadoras, mentirosas, desonestas, rude, hostis, egoístas, individualistas, céticas e etc. E, nós, por andarmos com elas, muitas das vezes, nos moldamos aos seus jeitos de ser. Acabamos sendo influenciados e não influenciadores. Nos deixamos levar, sermos envolvidos, imersos em personalidades, caráteres, identidades que não são nossas.

E, como cristãos uma de nossas missões é sermos influenciadores de Cristo e daquilo que aprendemos com Ele. Sermos um canal de coisas boas, como paz, amor, humildade, gentileza… Nós devemos mudar um ambiente, mudar pessoas de forma positiva e não sermos moldados, não nos enquadrarmos a uma naturalidade ruim.

Como Paulo, que frequentou diversos lugares, com muitas pessoas diferentes, pregou sobre Cristo, sobre o amor de Deus, sobre o ministério da reconciliação sendo ele mesmo, mudando a vida de pessoas, sem mudar sua essência em Cristo. Ministrando o melhor que tinha a oferecer. Sem se influenciar, sem se contaminar, muito pelo contrário, influenciando vidas.

Que sejamos como Paulo, sendo nós mesmos em Cristo Jesus. Exalando o caráter do mestre e nossa identidade. Influenciando vidas de forma positiva e não sendo influenciados pela negatividade e malignidade do mundo. Que a familiaridade não nos torne aquilo que aos nossos olhos é ruim. Sabendo quem somos e externando nossa essência em Cristo Jesus, não nos conformemos e muito menos nos moldemos por esse mundo.

Que possamos andar com as pessoas mantendo nossa essência, nossa bondade, nossa humildade, gentileza, positividade, nossa identidade cristã. Que andemos perto delas, mas continuando a sermos nós mesmos.